Eu não desisto de você
Voce precisa entender
Que eu não me inspiro sem você
Sem voce eu não me inspiro
Meu dia d, meu “e”
Meu ponto g meu chi
Eu não respiro sem você
Sem voce eu não respiro
Você me perguntou
Eu engasguei sem coragem, travei
Não me atrevi a responder
Por que é que eu não desisto de você
PorqueEu não desisto
Por que é que eu não desisto de você
PorqueEu não desisto
Se você pensa em mim
Se você me abraça
A vida é graça plena
A vida é cheia de graça
Kid Abelha
Composição: George Israel / Paula Toller
domingo, 28 de outubro de 2007
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
Quem há de dizer
Quem há de dizer
Que quem está você está vendo
Naquela mesa bebendo
É o meu querido amor
Repare bem que toda vez que ela fala
Ilumina mais a sala
Do que a luz do refletor
O cabaré se inflama
Quando ela dança
E com a mesma esperança
Todos lhe põem o olhar
E eu o dono
Aqui no meu abandono
Espero louco de sono
O cabaré terminar
Rapaz! Leve essa mulher consigo
Disse uma vez um amigo
Quando nos ouviu conversar
Vocês se amam
E o amor deve ser sagrado
O resto deixa de lado
Vá construir o seu lar
Palavra! Quase aceitei o conselho
O mundo este grande espelho
Que me faz pensar assim
Ela nasceu com o destino da lua
Para todos que andam na rua
Não vai viver só para mim
Lupicínio Rodrigues- 1948
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Do fascínio da bonança
Que bonna bonança
Que a esperança irradia
De um glorioso dia
Na selva da alegria
Para a Paz eternecida
Vinha 2007
Que a esperança irradia
De um glorioso dia
Na selva da alegria
Para a Paz eternecida
Vinha 2007
sábado, 20 de outubro de 2007
Da Passagem
De um ano que chega ao desânimo
Tão astuta é a passagem
Para uma eperança que irradia
Tão autera é a passagem
Em uma cidade que me fascina
Vinha 2007
O impossível carinho
Escuta, eu não quero contar-te o meu desejo
Quero apenas contar-te a minha ternura
Ah se em troca de tanta felicidade que me dás
Eu te pudesse repor
-Eu soubesse repor-
No coração despedaçado
As mais puras alegrias da tua infância!
Manuel Bandeira
Quero apenas contar-te a minha ternura
Ah se em troca de tanta felicidade que me dás
Eu te pudesse repor
-Eu soubesse repor-
No coração despedaçado
As mais puras alegrias da tua infância!
Manuel Bandeira
Arte de Amar
Se queres sentir a feliciadade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação,
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
Manuel Bandeira
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação,
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
Manuel Bandeira
terça-feira, 16 de outubro de 2007
Impossível fidelidade
Impossível a fidelidade
Quando não existe reciprocidade
Impossível fidelidade
Quando não se alcansa a realidade
Impossível fidelidade
Quando se almeja a libertinagem
Impossível é a necessidade
De contentar-se em não ser amada
Quando és somente desejada
Vinha 2007
Quando não existe reciprocidade
Impossível fidelidade
Quando não se alcansa a realidade
Impossível fidelidade
Quando se almeja a libertinagem
Impossível é a necessidade
De contentar-se em não ser amada
Quando és somente desejada
Vinha 2007
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Solitária
Em meio a multidão
Um desafio solitário
De um destino armado
Pela armadilha da palavra
Que destina a mulher amada
A viver pelo que fora desejada
Sem entender a magnitude
Sem saber da plenitude
Do desejo encarnado
E do anseio inalcansado
Vinha 2007
Um desafio solitário
De um destino armado
Pela armadilha da palavra
Que destina a mulher amada
A viver pelo que fora desejada
Sem entender a magnitude
Sem saber da plenitude
Do desejo encarnado
E do anseio inalcansado
Vinha 2007
domingo, 14 de outubro de 2007
Chega de Saudade
Vai, minha tristeza
e diz a ela
que sem ela nao pode ser
diz-lhe numa prece
que ela regresse
porque eu nao posso mais sofrer
Chega de saudade
a realidade é que
sem ela nao há mais paz, nao há beleza
é só tristeza e melancolia que nao sai de mim, nao sai de mim,
nao sai
Mas, se ela voltar
se ela voltar
que coisa linda,
que coisa louca
Pois há menos peixinhos
A nadar no mar
do que os beijinhos que eu darei na sua boca
Dentro dos meus braços
os abraços hao de ser milhoes de abraços
apertado asim
colado assim
colado assim
abraços e beijnhos
e carinhos sem ter fim
que é acabar com esse negócio
de você viver sem mim
Nao quero mais esse negócio
de você tao longe assim
vamos deixar esse negócio de você longe de mim.
Caetano Veloso
e diz a ela
que sem ela nao pode ser
diz-lhe numa prece
que ela regresse
porque eu nao posso mais sofrer
Chega de saudade
a realidade é que
sem ela nao há mais paz, nao há beleza
é só tristeza e melancolia que nao sai de mim, nao sai de mim,
nao sai
Mas, se ela voltar
se ela voltar
que coisa linda,
que coisa louca
Pois há menos peixinhos
A nadar no mar
do que os beijinhos que eu darei na sua boca
Dentro dos meus braços
os abraços hao de ser milhoes de abraços
apertado asim
colado assim
colado assim
abraços e beijnhos
e carinhos sem ter fim
que é acabar com esse negócio
de você viver sem mim
Nao quero mais esse negócio
de você tao longe assim
vamos deixar esse negócio de você longe de mim.
Caetano Veloso
Felicidade
Felicidade foi se embora
E a saudade no meu peito ainda mora
E é por isso que eu gosto lá de fora
Porque sei que a falsidade não vigora
A minha casa fica lá de traz do mundo
Onde eu vou em um segundo quando começo a cantar
O pensamento parece uma coisa à toa
mas como é que a gente voa
quando começa a pensar
Caetano Veloso
E a saudade no meu peito ainda mora
E é por isso que eu gosto lá de fora
Porque sei que a falsidade não vigora
A minha casa fica lá de traz do mundo
Onde eu vou em um segundo quando começo a cantar
O pensamento parece uma coisa à toa
mas como é que a gente voa
quando começa a pensar
Caetano Veloso
terça-feira, 9 de outubro de 2007
Eterna despedida
Não existe medida
Para a eterna despedida
Da vida que irradia
Esperança de um dia
Vivermos na alegria
Da eterna harmonia
Vinha 2007
Para a eterna despedida
Da vida que irradia
Esperança de um dia
Vivermos na alegria
Da eterna harmonia
Vinha 2007
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
Aquele dia
Aquele dia acordamos cedo
Caminhamos em meio a cidade erma
Solitários e errantes figuras amantes
Embalados pelo Cisne de outrora
Na beleza do esplendor da Aurora
Sentados ao sol a pino
Serenos tal como em um ninho
Na Rocha escaldante do meio dia
Em Praça da Lapa quente e vazia
Na esperança de nos vermos no outro dia
Vinha 2007
Caminhamos em meio a cidade erma
Solitários e errantes figuras amantes
Embalados pelo Cisne de outrora
Na beleza do esplendor da Aurora
Sentados ao sol a pino
Serenos tal como em um ninho
Na Rocha escaldante do meio dia
Em Praça da Lapa quente e vazia
Na esperança de nos vermos no outro dia
Vinha 2007
domingo, 7 de outubro de 2007
Penso em Ti
Eu penso em ti nas horas de tristeza
Quando rola a esperança emurchecida
Nas horas de saudade e morbideza
Ai! Só tu és minha ilusão querida
Eu penso em ti nas horas de tristeza.
Vê quanta sombra me escurece o seio!
Que palidez sombria no meu rosto!
Tu és a única luz da treva em meio
Tu és a minha estrela do sol pôsto...
Contigo a sombra não me tolda o seio.
Quando a teus pés o meu viver s'escoa,
Esqueço a minha sorte, o meu martírio,
Minha'alma como a pomba em sangue voa
Para ir se abrigar a tua, ó lírio,
Quando a teus pés o meu viver s'escoa...
Bendito o riso desses lábios túmidos!
Bendito o meigo olhar tão peregrino!
Como o sol abre a flor nos campos úmidos
Crenças desperta o teu divino olhar...
E o riso, o riso dêsses lábios túmidos
Ai! volve! volve! pregrina estrela...
Minha alma é o templo do amor suave
À tua espera o lampadário vela...
À tua espera perfumou-se a nave...
Aí! Volve! Volve peregrina estrela!
Castro Alves
Quando rola a esperança emurchecida
Nas horas de saudade e morbideza
Ai! Só tu és minha ilusão querida
Eu penso em ti nas horas de tristeza.
Vê quanta sombra me escurece o seio!
Que palidez sombria no meu rosto!
Tu és a única luz da treva em meio
Tu és a minha estrela do sol pôsto...
Contigo a sombra não me tolda o seio.
Quando a teus pés o meu viver s'escoa,
Esqueço a minha sorte, o meu martírio,
Minha'alma como a pomba em sangue voa
Para ir se abrigar a tua, ó lírio,
Quando a teus pés o meu viver s'escoa...
Bendito o riso desses lábios túmidos!
Bendito o meigo olhar tão peregrino!
Como o sol abre a flor nos campos úmidos
Crenças desperta o teu divino olhar...
E o riso, o riso dêsses lábios túmidos
Ai! volve! volve! pregrina estrela...
Minha alma é o templo do amor suave
À tua espera o lampadário vela...
À tua espera perfumou-se a nave...
Aí! Volve! Volve peregrina estrela!
Castro Alves
A morte da vida em vida
O que te recolhes do teu desejo?
De sentimento tão sublime!!!
Será o mesmo que faz da lua impura?
Da noite, uma eterna bruma!!!!
O quê precisas entender...
É que torço por você!!!!
Quero ver-te crescer
Sem o apego do querer-me
Mas no desejo de ter-me
Do sublime e puro amor
Que dedico ao teu ser...
Vinha 2007
De sentimento tão sublime!!!
Será o mesmo que faz da lua impura?
Da noite, uma eterna bruma!!!!
O quê precisas entender...
É que torço por você!!!!
Quero ver-te crescer
Sem o apego do querer-me
Mas no desejo de ter-me
Do sublime e puro amor
Que dedico ao teu ser...
Vinha 2007
sábado, 6 de outubro de 2007
Amigos
Amigos que me cercam
Ao quais me dedico
Cada instante
Que me reservam
Amigos que seguram
A peteca da amizade
Que esbanjam sinceridade
Ao refletir o sentido da amizade
Vinha 2007
Ao quais me dedico
Cada instante
Que me reservam
Amigos que seguram
A peteca da amizade
Que esbanjam sinceridade
Ao refletir o sentido da amizade
Vinha 2007
Na ciranda...
Na ciranda da vida
Quero cirandar
Cada esquina que me vigias
Quero ali ficar
Cada dia que me olhas
Quero memorizar
Cada instante inquietante
Em cada troca de olhar
Vinha 2007
Quero cirandar
Cada esquina que me vigias
Quero ali ficar
Cada dia que me olhas
Quero memorizar
Cada instante inquietante
Em cada troca de olhar
Vinha 2007
T...t...T...t
Com T escreveram teu nome
Tua origem declarada
Que insistes em esconder
Teus segredos e desejos
Vinha 2007 (adapatado do original em espanhol)
Tua origem declarada
Que insistes em esconder
Teus segredos e desejos
Vinha 2007 (adapatado do original em espanhol)
Por todo lado
Por todo lado que te vejo.
Fico quieta a indagar,
Será obra do meu desejo?
A cada momento que me deparo,
Com os pesonagens deste ensaio.
Em uma tortura declarada.
Na figura da mulher amada.
Vinha 2007
Fico quieta a indagar,
Será obra do meu desejo?
A cada momento que me deparo,
Com os pesonagens deste ensaio.
Em uma tortura declarada.
Na figura da mulher amada.
Vinha 2007
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Boa sorte!!!
Se sabes da sua sorte
Que causas te leva a morte
Se sabes da boa hora
Que causas te faz ficar de fora
Se sabes do teu ensejo
Que graças vês em seu desprezo
Vinha 2007
Que causas te leva a morte
Se sabes da boa hora
Que causas te faz ficar de fora
Se sabes do teu ensejo
Que graças vês em seu desprezo
Vinha 2007
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Esta é Copacabana, ampla laguna
Esta é Copacabana - ampla laguna
Curva e horizonte,arco de amor vibrando
Suas flechas de luz contra o infinito.
Aqui meus olhos desnudaram as estrelas
Aqui meus braços discursaram à lua
Desabrochavam feras dos meus passos
Nas florestas de dor que percorriam.
Copacabana, praia de memórias!
Quantos êxtases,quantas madrugadas
No teu colo marítimo! Esta é a areia
Que tanto elameei com minhas lágrimas.
Aquele é o bar maldito. Não estás vendo
Aquêle escuro ali? É um obelisco
De treva: cone erguido pela noite
Para marcar por tôda a eternidade
O lugar onde o poeta foi perjuro.
Ali tombei, ali beijei-te ansiado
Como se ávida fosse terminar
Naquele louco embate. Ali cantei
À lua branca, cheio de bebida
Ali menti, ali me ciliciei
Para gozo da aurora pervertida.
Sôbre o banco de pedra que ali tens
Nasceu uma canção. Ali fui mártir
Fui réprobo, fui bárbaro, fui santo
Aqui encontraras minhas pegadas
E pedaço de mim por cada canto.
Numa gota de sangue numa pedra
Ali estou eu. Num grito de socorro
Entreouvido na noite, ali estou eu
No eco longínquo e áspero do morro
Ali estou eu. Tu vês essa estrutura
De apartamentos como uma colméia
Gigantesca? Em muitos penetrei
Tendo a guiar-me apenas o perfume
De um corpo de mulher a palpitar
Como uma flor carnívora na treva.
Copacabana! Ah, cidade forte
Desta minha paixão! A velha lua
Ficava do seu nicho me assistindo
Beber e eu muita vez a vi luzindo
No meu copo de uísque, branca e pura
A destilar tristeza e poesia...
Copacabana, réstia de edifícios
Cujos nomes dão nome ao sentimento...
Foi no Leme que vi nascer o vento
Certa manhã, na praia. Uma mulher
Toda de negro, no horizonte extremo
Entre muitos fantasmas me esperava:
A moça dos antúrios, deslembrada
A senhora dos círios, cuja alcova
O piscar do farol iluminava
Como a marcar o pulso da paixão
Morrendo intermitentemente . E ainda
Um brilhar do punhal, um riso acústico
Que não morreu. Ou certa porta aberta
Para a infidelidade: inesquecível
Frincha de luz a separar-me apenas
Do irremediável. Ou o abismo embaixo
Aberto, elástico, e o meu ser disperso
No espaço em torno , e o vento me chamando
Me convidando a voar ..... ( Ah, muitas mortes
Morri entre essas máquinas erguidas
Contra o tempo!) Ou também o desespêro
De andar, como um metrônomo, para lá
E para cá, marcando o passo do impossível
À espera do segrêdo, do milagre
Da poesia...
Tu, Copacabana
Mais que nenhuma outra fostes a arena
Onde o poeta lutou contra o invisível
E onde encontrou enfim sua poesia
Talvez pequena, mais suficiente
Para justificar uma existência
Que sem ela seria incompreensível."
Vinícius de Moraes - 1958
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