Eu penso em ti nas horas de tristeza
Quando rola a esperança emurchecida
Nas horas de saudade e morbideza
Ai! Só tu és minha ilusão querida
Eu penso em ti nas horas de tristeza.
Vê quanta sombra me escurece o seio!
Que palidez sombria no meu rosto!
Tu és a única luz da treva em meio
Tu és a minha estrela do sol pôsto...
Contigo a sombra não me tolda o seio.
Quando a teus pés o meu viver s'escoa,
Esqueço a minha sorte, o meu martírio,
Minha'alma como a pomba em sangue voa
Para ir se abrigar a tua, ó lírio,
Quando a teus pés o meu viver s'escoa...
Bendito o riso desses lábios túmidos!
Bendito o meigo olhar tão peregrino!
Como o sol abre a flor nos campos úmidos
Crenças desperta o teu divino olhar...
E o riso, o riso dêsses lábios túmidos
Ai! volve! volve! pregrina estrela...
Minha alma é o templo do amor suave
À tua espera o lampadário vela...
À tua espera perfumou-se a nave...
Aí! Volve! Volve peregrina estrela!
Castro Alves
domingo, 7 de outubro de 2007
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